1 Pedro 2 - Jesus, nosso hupogrammos | RT

ESTUDO:

Bíblias usadas e comentário:
  • The Editio Regia, Stephanus 1550 Greek New Testament known as Textus Receptus;
  • A Bíblia Sagrada – Almeida Corrigida Fiel (ACF) - Edição 2011;
  • João Ferreira de Almeida (R. A.);
  • Bíblia Literal do Texto Tradicional, Anotada;
  • Comentarios da Biblia Diario Vivir (ESP).
Principais assuntos:
  • Crescendo em Cristo; (1-3)
  • Comportamento exemplar do crente. (11-12)
Assuntos incidentes:
  • Cristo como a fundação da igreja; (4-6)
  • Cristo, pedra de tropeço para os que o negam; (7-8)
  • A consequência da aliança em Cristo; (9-10)
  • Louvor à Deus mediante a obediência à lei; (13-15)
  • Não estamos habilitados pela graça quebrar a lei de Deus; (16-17)
  • Suportar o sofrimento como Cristo fez; (18-19)
  • Pelo exemplo de Cristo, o sofrimento não é novidade em nossa caminhada; (20-21)
  • O sofrimento é temporário, pois Cristo carregou sobre si os nossos pecados; (22-24)
  • Cristo, o pastor que nos leva para casa. (25)

Leia também.

ANÁLISE DE PARÁGRAFO:

  • Crescendo em Cristo.
Nesse início de parágrafo notamos dois elementos essenciais que todo cristão deve se atentar para, afim de que cresçam em Cristo, estes são: O desapego aos frutos de nossa carnalidade, frutos de nossa condição pecaminosa, e o desejo pelo "leite espiritual", o alimento que nos garante desenvoltura espiritual, o oposto da condição original da humanidade. E este alimento é inegociável aos crentes, pois como um recém nascido poderá decidir que não sentirá mais desejo de alimentar-se? Em condição alguma isso seria possível, da mesma forma que somos completamente dependentes da palavra de Deus para crescer com saúde espiritual.
Percebe-se que os dois elementos são diretamente ligados um ao outro, não abrindo caminhos para o amadurecimento espiritual na licenciosidade, antes deve-se abandonar práticas pecaminosas.
    • Cristo como a fundação da igreja.
Após nos aproximarmos de Cristo e despojando-vos da iniquidade, nos tornamos um corpo, uma igreja e família, cada um individualmente é pedra que compõe a igreja de Cristo, deixando o individualismo em comunhão com os outros. E assim somos edificados casa espiritual, sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais, aceitáveis à Deus, mediante Jesus Cristo. E como igreja estamos todos sobre uma pedra maior, a qual estamos todos firmados, que é próprio Jesus Cristo, por este motivo é que diz a escritura: Eis que estabeleço em Sião a pedra principal da esquina, eleita, preciosa e quem nela está crendo, não seja envergonhado. Is.28.16. Pedra esta que é rejeitada pelos homens, mas eleita por Deus; rejeitada por nos denunciar, condenar nossas vontades, esmagar nossos conceitos e nos levar a negar o deus que criamos dentro de nós; esta é a garantia que estamos firmados nessa igreja, que somos confrontados por Ele sobre nossos erros.
    • Cristo, pedra de tropeço para os que o negam.
Mas se aceitando as duras verdades sobre nós mediante Cristo, então esta rocha a qual a igreja é firmada nos é dada como que preciosidade, e temos descanso na sua promessa de que um dia retornará e nos livrará da penalidade que nos era imposta, mas para os que se recusando a aceitar estas verdades, verdades estas sobre a humanidade em seu estado natural, para estes Cristo é rocha de tropeço e escândalo, pois sabem a verdade, desobedecem a lei de Cristo mesmo assim e são confrontados com seu destino. Os quais também foram destinados para desobediência.
    • A consequência da aliança em Cristo.
Mas nós mediante Cristo e seu ato de pagar pelos pecados, somos geração eleita, afim de que proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou da escuridão para a luz, por causa de Cristo, podemos exercer o sacerdócio santo, não necessitando mais de sacerdotes para intermediar Deus a nós como no antigo testamento, mas agora mediante Cristo, aceitando suas verdades podemos nos achegar a Deus com confiança e liberdade, digo isso parafraseando Hb 4:16. Porque antes não tínhamos recebido misericórdia, mas agora sim, e com isso todos os benefícios da adoção de filhos da parte de Deus.
  • Comportamento exemplar do crente.
Mais uma vez neste capítulo pedro irá apelar à conduta dos crentes, todo cristão é peregrino e forasteiro neste mundo, e todos nós estamos caminhando para o nosso lar celestial com Cristo, e este lar celeste é onde Deus mora, solo santo, e assim devemos andar também, em santidade de acordo com a cultura do reino de Deus. E assim devemos andar para não tropeçar em Cristo, ultrapassa qualquer tipo de legalismo, pois a salvação em Cristo não é dada mediante a obras, mas depende de Deus derramar sua misericórdia.
Assim como nos tempos de Pedro, atualmente a visão que as pessoas têm dos cristãos é equivocada e facilmente manipulada por aqueles que se opõem a Cristo e as verdades do evangelho, mas não é muito difícil de perceber que tais difamações acerca de nós são em parte verdadeiras, crentes mentirosos, ladrões, infiéis em seus compromissos, legalistas, preconceituosos dentre muitas coisas. É importante acordamos para a nossa responsabilidade como crentes e viver de acordo com nossa eleição, se é que de fato estas pessoas recobrem a consciência, pois desta forma poderemos nos defender de tais acusações e dar testemunho ao descrente de nossa fé.
    • Louvor à Deus mediante a obediência à lei.
Devemos andar de acordo com a legalidade, ter os governos como enviados pelo próprio Deus, descartando então qualquer tipo de ideologia que reduz a humanidade a irracionalidade bestial de se viver sem nenhum tipo de governo, o que mostra também a rebeldia à forma de governo de Deus. É óbvio que não devemos comprometer nossa consciência absolutamente à homens, antes obedecer à Deus acima de todas as coisas. E o que devemos cobrar de nossos governos é o louvor do justo e a punição dos malfeitores, pois é para isto que Deus criou e estabeleceu os governos, e qualquer desvio disto será prestada contas diante de Deus por isto.
      • Não estamos habilitados pela graça a quebrar a lei de Deus.
Mas não devemos por meio da nossa liberdade legal perante os homens quebrar a lei moral de Deus, assim vivendo em iniquidade. Não devemos ser legalistas e achar que por estar cumprindo as leis e fazendo coisas aparentemente óbvias, as quais Deus ordena em âmbito de legalidade humana, ter a lei de Deus em iniquidade vivendo no pecado.
    • Suportar o sofrimento como Cristo fez.
Muitos dos cristãos naquele tempo eram criados e tinham que obedecer seus senhores, para eles era fácil obedecer aos gentis, mas era difícil obedecer aos perversos, os quais provavelmente agiam por meio da violência. Porém quantas vezes nós ouvimos um evangelho o qual anula os sofrimentos e exalta as tais ditas "vitórias" e soberania do crente sobre o incrédulo? Muitas vezes ouvimos isto e está cheio disto por aí, mas a verdade é que o crente sofrendo injustamente e perseverando é agradável ao Senhor. Não Deus queira que você sofra, mas que você sofrendo por consciência de Cristo, suporte as dores do mundo.
      • Pelo exemplo de Cristo, o sofrimento não é novidade em nossa caminhada.
Para este sofrimento é nós fomos chamados, para suportar as angustias as quais são inerentes a queda do homem, então a ideia de que crentes irão triunfar sobre o mundo em seu estado atual não é verdade, iremos triunfar sobre o mundo com Cristo, em sua volta, porém até lá estaremos caminhando em um mundo caído e sofrendo as consequências disto. Ora, por que Cristo nasceu, foi uma criança, um adolescente, jovem e um adulto? Era possível que Cristo viesse ao mundo e pagasse pelos nossos pecados já adulto. A ideia não é de que Cristo simplesmente morreu por nós, mas que também viveu por nós, se Cristo sofreu, ele nos mostrou como agir em meio ao sofrimento para que nós o sigamos no mesmo procedimento, de acordo com o texto, Cristo nos deixou exemplo de sua pegadas.
A palavra usada para traduzir exemplo é do original hupogrammos, hupogrammos é uma cópia escrita, que inclui todas as letras do alfabeto, dada aos iniciantes como uma ajuda para aprender a desenhá-los por cima, é uma fôrma a qual os iniciantes aprendem a escrever, então da mesma forma, Cristo nos deixou exemplo de suas pegadas, as quais nós devemos pisar exatamente por cima, o que inclui suas alegrias e tristezas e a forma como ele lidou com todas elas. Descartando então toda e maldita teologia que exalta luxos que Cristo nunca teve.
        • O sofrimento é temporário, pois Cristo carregou sobre si os nossos pecados.
Dando ainda mais força para o argumento anterior, Pedro lista alguns dos exemplos de Cristo no que diz respeito ao sofrimento injusto. Assim como Cristo, não devemos retribuir com maldade, mas sim nos entregarmos nas mãos de Deus que julga corretamente e que nos recompensará no futuro por isto, com a salvação, Cristo como eu havia dito, não só morreu por nós como também viveu, e se Cristo viveu e morreu por nós e foi visto como justo perante os olhos de Deus e glorificado, igualmente seremos nós se perseverarmos nas aflições por consciência de Cristo, Deus nos justificará, e nos ressuscitará no último dia para a glorificação. Então vale a pena esperar nisto.
        • Cristo, o pastor que nos leva para casa.
Porque fora de Cristo, eramos como ovelhas a vagar pelo mundo, sem nenhum sentido concreto para a existência, mas por Cristo fomos recuperados para seu rebanho e Ele nos levará de volta para casa.

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